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PARA A TURMA E-2101 - PEDRO ADAMI - AGOSTO 2011

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EDUCAÇÃO PARA O FUTURO    -   Gustavo Ioschpe O Brasil está preso. Há mais de vinte anos o país não cresce. Assistimos inertes ao avanço de um país depois do outro e ficamos discutindo mil e um problemas pontuais: a taxa de juro, de câmbio; estradas e portos; o volume de impostos e a corrupção. E soterrados pela avalanche de problemas, não conseguimos ver as questões maiores, que influenciam todas as outras. A principal delas, no nosso caso, é a educação. Para acabar com a pobreza e diminuir as desigualdades sociais, é preciso crescer economicamente. Para crescer economicamente, a experiência de todos os países aponta que há uma matéria-prima fundamental: gente. Não adianta nada termos grandes recursos naturais e minerais. Algum país já se desenvolveu plantando arroz ou mesmo vendendo petróleo? Não, nenhum. A riqueza das nações é produzida por suas pessoas. Por seus cérebros. E é na educação que esses cérebros são acolhidos e formados. Nossa educação tem falhado na tarefa de dar ao

PARA A TURMA E-1101 - PEDRO ADAMI - AGOSTO 2011

VAMOS REFLETIR UM POUCO SOBRE  A ARTE DE ESCREVER E SOBRE O PRAZER DA LEITURA “Nenhuma semente acorda árvore no dia seguinte. A boa notícia é que hoje é apenas o primeiro dia do resto de nossas vidas. Hoje pode ser o dia em que uma criança descobre o gosto pela leitura, e isso afetará positivamente  o amanhã de todos.”  (Instituto Ecofuturo) “Minha liberdade é escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo”. (Clarice Lispector) “Enquanto a sociedade feliz não chega, que haja pelo menos fragmentos de futuro em que a alegria é servida como sacramento, para que as crianças aprendam que o mundo pode ser diferente. Que a escola, ela mesma, seja um fragmento  do futuro...” (Rubem Alves) “Uma das mais remotas experiências  poéticas que me ocorre é a de uma composição  escolar no terceiro ano primário, que eu terminava assim: “Olhai os lírios do campo. Nem Salomão, com toda sua glória, se vestiu como um deles...”. A professora tinha lido este evangelho na hora do catecismo e fiquei at

PARA A TURMA E-3101 - PEDRO ADAMI - AGOSTO 2011

Olá, pessoas amadas. Na canção a seguir, a situação de Cazuza não é das melhores. Suponha que o eu-lírico do texto (só para relembrar, "eu-lírico" é a voz que fala no texto) seja seu amigo. Ele não está bem. Não está nada bem. Ele e você têm uma amiga em comum, que também não está bem. Quem é ela? A nossa Clarisse (de Renato Russo), que vocês já conhecem de outros carnavais. A atividade é simples: você e Clarisse vão visitar Cazuza, que está no hospital. Tudo bem até aqui? Sua parte na situação é criar um diálogo entre Cazuza e Clarisse. Os dois estão mal. São amigos bem próximos, assim como você. Estão conversando, tentando se ajudar ou simplesmente fazendo um desabafo. Como seria essa conversa, levando em conta a realidade dos dois? Depois da conversa deles que você vai criar, você fará uma pequena interferência, aconselhando os dois. Tranquilo?  Ah, mandar para o mesmo e-mail até o dia 22/08: isacmoura@gmail.com Ah, sim, o mínimo de linhas... é mesmo. Vinte linhas, já que

PARA GISELE - TURMA 2002-EJA - CIEP 331

Oi, Gisele. Leia o texto a seguir e siga as instruções abaixo dele. Clarisse - Renato Russo Estou cansado de ser vilipendiado incompreendido e descartado. Quem diz que me entende nunca quis saber. Aquele menino foi internado numa clínica Dizem que por falta de atenção dos amigos, das lembranças Dos sonhos que se configuram tristes e inertes. Como uma ampulheta imóvel, não se mexe, Não se move, não trabalha. E Clarisse está trancada no banheiro E faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete. Deitada no canto, seus tornozelos sangram E a dor é menor do que parece. Quando ela se corta ela se esquece Que é impossível ter da vida calma e força. Viver em dor, o que ninguém entende Tentar ser forte a todo e cada amanhecer. Uma de suas amigas já se foi Quando mais uma ocorrência policial. Ninguém entende, não me olhe assim Com este semblante de bom samaritano Cumprindo o seu dever, como se eu fosse doente, Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente. Nada

PARA AS CRIATURAS DO COLÉGIO PEDRO ADAMI - turma E-2101

Texto 1 CRÔNICA RAPIDINHA                Isac Machado de Moura Aos 15 anos descobri-me cronista. Essa experiência quase sobrenatural ocorreu numa aula de português, da professora Maria José, no Colégio Estadual Professor Alfredo Balthazar da Silveira, em Piabetá – Magé – RJ. Após discorrer brevemente sobre a crônica, pediu que cada aluno escrevesse uma. Escrevi sobre a televisão e confesso que gostei muito do produto final. A professora deu uma lidinha e pediu que eu lesse em voz alta para a turma, foi quase a consagração de um menino de 15 anos que ali, naquele momento, descobria-se cronista. Desde o primário, já vivera várias experiências gostosas de escrita, mas não como aquela. Naquele momento, parece que eu tinha recebido algo especial. Foi a partir daquela aula que me senti cronista. A professora disse que eu era  e aí não parei mais de cronicar. Quando meu primeiro livro de crônicas (Crônicas Não-Descartáveis, produção independente pela editora Forense) foi publicado em 1990,